O AMOR NÃO TEM COR

Como falar sobre racismo em um país que metade da população se declara parda ou negra, e que apenas 17% desta se encontra entre a parcela mais rica do país? Como falar do racismo, sem antes citar toda a história de negros, que chegaram ao Brasil ainda no século XVI, trazidos pelos portugueses, para que fossem escravizados pela população branca, que se achava no direito de se denominar superior, usando um simples conceito de cor da pele?

Acaso as cotas nas universidades e nos programas estudantis do governo também não seriam um tipo de preconceito racial? O Brasil se diz o país da igualdade, da democracia, que luta pelos direitos sociais, para que todos tenham alcance à saúde, educação e segurança de qualidade, mas usa a cor da pele como critério, ao determinar por exemplo, que quando dois jovens se encontram com a mesma nota na entrada de uma Universidade, quem conseguirá será o negro, o da pele negra, aquele que em sua composição possui um pouco mais de melanina.

Fala se tanto em preconceito racial no Brasil, mas se ignora o sentimento racial, o sentimento patriarcal, o sentimento de amor a cor da pele. O preconceito surgiu ainda no início da colonização deste país, quando os negros, foram escravizados, e hoje, mesmo tendo dado suas vidas pra construir tal Estado, ainda não são reconhecidos.

Um negro não busca ser reconhecido apenas pela cor de sua pele. Busca ser reconhecido por seus talentos, por seus sonhos, e antes de tudo, por sua história de garra e determinação em não se curvar frente ao preconceito.

Mas o que pode ser realmente considerado preconceito no século XXI, onde se opor a qualquer coisa, é ser taxado de preconceituoso, por pessoas que jamais pararam pra fazer um comparativo entre o verdadeiro conceito desta palavra, e a opinião midiática que sobrecarrega as mentes desde crianças até os idosos?

Preconceito racial, no Brasil de 2017, pode se caracterizar como toda e qualquer ação que mediante a cor da pele gera uma ação contrária à que normalmente aconteceria.

Para se dar fim ao preconceito, talvez a solução não seja frisar tanto neste detalhe, mas mostrar ao Brasil e ao mundo inteiro, que a inteligência, a educação, os bons costumes e o amor não tem cor e nem raça.

Leoneide Ribeiro
Enviado por Leoneide Ribeiro em 20/09/2017
Reeditado em 20/09/2017
Código do texto: T6120165
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