VIAGEM
A vida é uma viagem. Nela existem passageiros que viajam por diversão, sem absorver das relações sociais nenhum aprendizado. Mas há aqueles que viajam para aprender o que não sabem e ensinar o que aprenderam nos relacionamentos interpessoais. Os primeiros apenas sonham; os segundos despertam da ignorância e despertam nos outros o interesse pela aprendizagem. Esse despertar da alma para a sabedoria pode surgir envolta por espessa neblina, mas essa se dissipa com o tempo à medida que o viajante avança no território do saber e do ensinar. Tal deve ser o propósito da existência: questionar o conhecido e descortinar o desconhecido. Caso contrário, essa expedição se perde na mata cerrada do conhecimento inexplorado, deixando um rastro de erros que poderiam ter sido evitados ou corrigidos se o mundo fosse visto como um educandário onde se aprende com os erros, e não como um mero espetáculo da natureza.
Carlos HP Maia
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