Temer e o PSDB


No começo Temer até estava acertando, com medidas que merecem aplausos como reduzir o número de ministérios (no tempo da farsante Dilma Rousseff chegaram a 39; não sei porque ela não arredondou para 40) e colocar um jato da FAB à disposição para levar órgãos de transplante, contribuindo para salvar vidas.
Parece-me que o problema todo é que, para garantir a tal "governança" (palavra que anos atrás sequer existia) Temer barganhou com o PSDB, que assim retornou ao governo ocupando ministérios até com gente da laia de José Serra.
Com isso, ao que tudo indica, Temer rendeu-se ao projeto neoliberal do PSDB, que deve ter feito imposições por baixo do pano. Na visão mesquinha dessa gente, se o país está com sérias dificuldades econômicas a solução é retirar direitos do povo e aumentar impostos. E aí temos agora a ameaça dessa sinistra Reforma da Previdência, que tornará (se aprovada nesses moldes) mais difíceis as aposentadorias: o brasileiro trabalhará mais tempo, e provavelmente receberá menos por causa dos impostos.
Na minha visão - e não vejo como mudar de ideia - o país é o povo e não há sentido em querer melhorar a situação do país piorando a do povo; essa equação não fecha.
Se pudesse eu falar com Temer dir-lhe-ia para se livrar do PSDB.
A propósito tem um detalhe que muita gente não está relacionando: o mesmo PSDB que faz parte do governo de Michel Temer está tentando derrubá-lo mediante ação junto ao TSE, no sentido de cassar a chapa Dilma-Temer na eleição de 2014. Se isso acontecer o Temer roda.
Ora bem. Se o Presidente Temer gosta de dormir com o inimigo isso é problema dele; o que não pode é permitir que um povo já tão sacrificado pelos desgovernos de Fernando henrique Cardoso, Lula e Dilma, venha a ser mais sacrificado ainda.


Rio de Janeiro, 31 de março de 2017.