* Momento Itajubense * 22/03/2017 Polícia Federal desarticula e prende, em Minas Gerais, gangue de explosões de caixas automáticos bancários / Quinze empresas de Belo Horizonte são autuadas e sofrem investigação por transporte irregular de passageiros/

- A Policia Federal prendeu quatro criminosos, nesta quarta-feira (22), em Uberaba, como parte da Operação Caixa Quente, deflagrada para desarticular associação criminosa envolvida em explosões em agências da Caixa Econômica Federal - CEF - nas cidades de Uberaba, Sacramento e Campos Altos.

Policiais Federais cumpriram 10 mandados judiciais em Uberaba, sendo seis mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva.

Os presos podem estar envolvidos em recentes episódios, de incêndios de agências bancárias de Uberaba.

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Quinze empresas de Belo Horizonte são autuadas e sofrem investigação por transporte irregular de passageiros

- Elas foram alvo de operação conjunta do Ministério Público de Minas Gerais - MPMG - Secretaria de Estado da Fazenda de Minas Gerais - SEF, Polícia Militar e Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais - DEER, nesta terça-feira (21). Veja a relação das empresas no final desta reportagem.

A ação cumpriu 21 mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte, Uberlândia, Ribeirão das Neves, Betim e Contagem.

Além disso, 12 pessoas, a maioria sócios e administradores dessas empresas de turismo, foram conduzidas coercitivamente à sede do MPMG para prestar informações aos investigadores. Outras três pessoas não haviam sido localizadas até o final desta manhã. A Justiça determinou ainda a apreensão de documentos de veículos e a proibição de circulação de mais de 70 ônibus pertencentes às empresas.

As 15 empresas faziam turismo clandestino de passageiros em Minas Gerais de forma permanente, prestando informações de maneira enganosa ao consumidor sobre a regularidade e a segurança do serviço e seduzindo o usuário com preços mais atrativos em comparação às permissionárias, que o prestam de maneira regular. Para evitar a fiscalização, as investigadas valiam-se de horários e locais alternativos de embarque e desembarque, transportando pessoas clandestinamente para diversas cidades do interior do estado, principalmente para o Vale do Aço e Norte de Minas.

O promotor de Justiça, Renato Froes, coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa da Ordem Econômica e Tributária (Caoet) do MPMG, revelou, em coletiva de imprensa realizada nesta manhã, a intenção de difundir essas ações no interior do estado e de buscar a criminalização dos responsáveis.

-- Para se ter ideia, apenas uma das empresas alvos da operação foi autuada mais de 20 vezes nos últimos anos. Mas, geralmente, a empresa paga uma multa e o veículo é liberado. Buscaremos a criminalização da conduta para tentar coibir essa prática”, declarou.

Houve prática de sonegação fiscal, crime contra o consumidor, usurpação da função pública e atentado à segurança e regularidade do serviço público. A pena para cada um desses crimes varia de um a cinco anos de prisão.

De acordo com a SEF, somente em 2016, R$53 milhões deixaram de ser recolhidos aos cofres do estado devido ao transporte clandestino. Somando-se o valor aos dos quatro anos anteriores, o prejuízo causado pode ultrapassar os R$90 milhões.

A operação, denominada Ponto Final, é mais uma ação conjunta desenvolvida no âmbito do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira) e envolveu três promotores de Justiça, 50 servidores da SEF, 102 policiais militares e três fiscais do DEER.

Empresas investigadas

Sampaio Turismo

Viação Belli

Edaia Trusimo

Estrela do Sul Turismo Eirelli

Luccel Transporte e Turismo

TS Turismo

GS Turismo

Rajatur Viagens

Millenium Operadora de Turismo

Renotur

Leles Turismo

Brizatur

CVA Turismo

Fortaleza Turismo

Transbrasil Trasnportes de Passageiros e Turismo

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Zulcy Borges - editor e jornalista diplomado
Enviado por Saskia Bitencourt em 22/03/2017
Reeditado em 22/03/2017
Código do texto: T5948634
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