INFANCIA
INFÂNCIA
Minha infância tão rica, tudo tinha de bom.
Entre a laje e a maia, pegando aventura.
Bons e velhos caminhos que, na vala, dão.
Provir-se-á lhes localização mais segura.
Residências amigas de proles arteiras.
Nascimentos das flores, abrir do rache de rua.
Pique, esconde e bandeira, polícia e ladrão, sua.
Descobríamos o mundo e suas maneiras.
Pedaladas multiplicadas em cada perna.
No campo, ribeirão, árvore ou caverna.
Época do chupão, batom, beijo, mãe tutora.
Memória remota, feliz, qual, reconstrutora.
Bando lima e divide mantimentos caseiros.
Matos fechados, trilha perdida, susto.
Menor o tatu, ainda mais altos os pinheiros.
Descoberta saída, depois, a muito custo.
Dindinha, oficina de sorvete de barros.
De já ir na reta, mero acaso, ao fim.
Calor, sal, mel, oliveira, amarra aos caros.
Se queira lembrança sempre assim.