AS BIBLIOTECAS NA FORMAÇÃO DE CIDADÃOS CRÍTICOS

A biblioteca é introduzida no Brasil em 1824, após a chegada da Família Real, em 1808. E desde de então, tornou-se um lugar democrático, ou seja, nela pode entrar o branco, negro, índio, pobre, rico, em razão de ser um espaço onde valoriza, sobretudo, a cidadania. No entanto, o hábito de ler, ter um livro em mãos, na era digital, é dispensável. Na sociedade contemporânea, infelizmente, a biblioteca é o lugar para onde vai que está de castigo.

É incontestável que as bibliotecas públicas têm o papel de discutir questões sociais, políticas, econômicas, por meio de seu caráter interdisciplinar da ciência da informação, que permite um recorte com as áreas filosóficas, sociológicas, ciência cognitiva, linguística. Por outro lado, segundo dados estatísticos, são mais 15 milhões de alunos brasileiros que estudam em escolas sem o equipamento básico à aprendizagem: a biblioteca.

De acordo com especialistas no assunto, a falta de uma cultura de biblioteca no Brasil, é causada por um modelo educacional adotado historicamente pelo país, o qual está voltado para um espaço de "preservação do patrimônio cultural escrito". Entretanto, esse ambiente deve ser a fonte de informação, cidadania, conhecimento, onde o estudante pode fazer sua própria pesquisa. Ainda convém lembrar a razão pela qual o brasileiro não gosta de lê, as pesquisas mostram que no seu tempo livre, em 2011, 85% dos brasileiros preferem assistir televisão, embora exista bibliotecas públicas em suas cidades.

Nesse sentido, é necessário a mobilização de toda sociedade, pelo motivo dessa problemática ser responsabilidade de todos. Oferecer serviços com base na disseminação da informação, cultura e do conhecimento, é um direito pregado pela UNESCO e só a biblioteca oferta isso. Projetos culturais que visão a propagação da leitura e cultura, devem ser priorizados. Com isso, forma um país crítico.

Saulo Rodrigues
Enviado por Saulo Rodrigues em 19/02/2017
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