Um conto policial / Sociedade & Tragédia

Hoje é 24 de janeiro, uma manhã fria e graciosa, já está mais que na hora de agir, liguei para Dibinho e marquei de me encontrar com ele no bar daqui a 1 hora.

O plano já estava formado, memorizado e pronto para ser colocado em prática, se tudo desse certo, eu seria rico e teria a Pola em meus braços.

Enquanto isso, fui ao apartamento do Bruno pegar algo que o incriminasse. Quando cheguei não havia nada lá, literalmente nada, o apartamento estava completamente vazio! (Merd*!) Era só o que me faltava, o pilantra sumiu.

Assim que cheguei no bar, fui direto ao ponto na conversa, perguntei a Dibinho se ele sabia onde o Bruno estava. Ele me disse que não tinha noticia dele há tempos... E agora?! O que irei fazer? Fiquei no bar com o tonto do Dibinho umas 2 horas conversando sobre assuntos nada importantes.

Assim que cheguei em casa pensei em ligar para a Pola, mas já estava tarde, eu deixaria para ligar amanhã depois que acordasse.

...

Liguei para a Pola e descobri algo não tão agradável, a Pola estava com o Bruno em um hotel... Eles estavam juntos todo esse tempo. E eu fiquei todo esse tempo me iludindo, mas se a Pola não vai ser minha, ela não vai ser de ninguém.

Comecei a vasculhar loucamente todas as redes sociais dos pombinhos e finalmente encontrei. Eles estavam em um hotel na Finlândia, Hotel Kakslauttanen, rapidamente entrei em um site de viagens e comprei minha passagem, amanhã mesmo eu estaria lá.

...

Cheguei no hotel em torno das 17:30h, peguei a chave do meu quarto e subi. Depois de organizar as coisas, fui ao saguão me informar sobre as refeições, assim que sai do elevador dei de cara com Pola, ela realmente ficou surpresa em me ver.

Conversamos um pouco e ela me chamou para jantar com ela e o Bruno, aceitei o convite e quer saber?! Eu já estou farto disso tudo, a Pola é MINHA, vou matar o Bruno HOJE!

Como o jantar só era daqui há 2 horas, eu teria tempo suficiente para arrumar um “suplementozinho” para o prato do Bruno.

Estávamos jantando, quando o Bruno caiu e começou a se debater ferozmente no chão, em poucos segundos ele parou e não se mexeu mais. Pola estava realmente desesperada e sem reação.

...

No dia seguinte, depois de todo o drama, a polícia estava lá investigando a morte do Bruno, eu gostava dele, mas ele estava com a minha garota, eu não podia deixar ele ficar com ela.

Voltei com Pola para o Brasil, a deixei em sua casa e fui para a minha, depois que a poeira baixar, começarei a corteja-la.

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Passaram-se algumas semanas e eu estava realmente próximo de Pola, hoje nós passaríamos o dia na casa dela assistindo filmes juntos.

Depois de 2 filmes, muita pipoca e refrigerante, fomos interrompidos, tinha alguém na porta, procurando por ... Pola?!

Assim que cheguei na sala, avistei dois agentes com uma cara não muito boa, quando puseram o olho em mim eles falaram juntos: “Você tem o direito de ficar calada. Tudo o que disser poderá ser usado contra você no tribunal”.

Como assim? O que Pola havia feito?

Ela estava totalmente confusa com tudo aquilo. Eles a levaram e eu fiquei ali, sozinho, pensando no que ela poderia ter feito para ser levada.

Depois que minha ficha caiu, eu peguei o carro e fui direto a delegacia saber o que estava havendo, eles me falaram que Pola era uma assassina e que Bruno não morreu de infarto. Eles tinham provas contra ela, havia uma alteração no sangue de Bruno, e a prova foi encontrada no quarto do hotel onde eles haviam se hospedado, um frasquinho com um veneno muito forte.

Pola foi presa, e a culpa era minha, se algo acontecesse com ela eu nunca mais me perdoaria.

...

Já se passaram alguns dias e eu decidi que irei me entregar, a Pola não pode ficar presa por algo que eu fiz, a minha garota não tem culpa, eu tenho.

...

Após o julgamento recebi a notícia que peguei 10 anos, 10 anos no xadrez, eu não tinha mais o que fazer, o que começou em um plano de conquistar a garota e ficar rico, acabou em morte e prisão.

Nunca esperei isso de mim, e agora tenho 10 anos para pensar e repensar a besteira que fiz por amor, tudo isso por uma única garota.

Por amor, somos capazes de tudo, cometemos atos bons e ruins.

-E.A.P.G

Isto é um trabalho escolar passado pela minha professora de redação, ela ainda não leu, meus pais leram e gostaram, eu resolvi publicar aqui pois a opinião de vocês é importante para mim.

Espero que gostem!

( Nessa história eu teria que manter em 1ª pessoa.)