Lições Caninas - Cena II - O Cachorro dormia

Transitando, apressadamente, em meio àquelas ruas movimentadas o rapaz viu o cachorro. E o cachorro dormia. Não no canto do muro, como qualquer cachorro que possua um mínimo de juízo faria. Não, o cachorro trazia consigo profundas considerações filosóficas acerca da vida, do universo e de tudo o mais. Portanto, ele dormia no meio da calçada. Dentre outros motivos, fazia-o ali para mostrar aos apressados transeuntes que o mundo também lhe pertencia, como de fato pertence a todas as criaturas vivas.

Mas, com sua profunda soneca no meio da calçada o cachorro almejava revelar muito mais à sociedade. Dormindo ali ele demonstrava a todas aquelas pessoas apressadas a simplicidade de não querer possuir muito, de não almejar “vencer na vida”. Dormindo ali, alheio a todo o “concreto e asfalto”, a todo o ódio, a ganância, a pressa e o vazio que o cercavam o cachorro era feliz e mantinha-se puro, “simples de coração”. Triste, contudo, é que poucos compreendiam a mensagem do cachorro.

(Texto ainda não revisado).

Guilherme c
Enviado por Guilherme c em 26/10/2016
Reeditado em 30/09/2017
Código do texto: T5803815
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