Reprise das reprises 

Há um mundo inteiro diante de mim me chamando  
Chegou o momento de abrir mão do isolamento e ir  
Conhecer pessoas humanas e apagar fantasmas tolos  
Cansei de fantasmas que brincam e dos que assustam  
Nada de bom veio deles para mim, nem uma só vez
Mesmo tentando isolar-me, abri algumas portas para erros 
Todas as vezes que abri uma via de acesso, fui ferida e doeu 
Aqui dá não; usa-se mentiras juradas como verdades sagradas 
Há uma habilidade perigosa com as palavras escolhidas e usadas  
Um adjetivo usado para levar ao engano várias pessoas ingênuas 
Cada uma pensa ser ela diante da qualidade genérica usada  
A minha parte naquilo que engana, já desvendei há tempos  
Não entendo a necessidade mórbida de causar maldades vãs  
Compreendo que é preciso estar cega, surda e frágil para crer  
Já passei da fase do acreditar naquilo que sei que não existe 
Por outros lugares vão meus passos, meu cansaço e descanso  
Só não desisti definitivamente ainda por falta de opção mesmo  
Qualquer dia, haverá outros lugares e então poderei ir finalmente  
Por ora ficarei, mas para tal local há agora uma porta de aço  
Construí um muro que não será atravessado por algum fantasma 
Ser invadida pelo mau gosto é chato, cansativo e ficou óbvio  
Nada mais consegue deixar de ser previsível no primeiro ato  
Por mais interessante que um filme seja, vê-lo sem parar, cansa!
Rose Stteffen
Enviado por Rose Stteffen em 18/10/2017
Código do texto: T6146504
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