À procura

São os seus mínimos gestos sinceros que me encantam permanentemente 
Palavras simples que vêm da sua alma tocam minha alma e me adoçam 
Desembaralhar-me e me tornar compreensível é difícil, sei que é 
Dentro da sua coerência sou aceita por ser desvendada totalmente 
Eu, que sempre fui e jamais voltei, digo que estou indo, mas fico 
Na verdade nem mesmo estou voltando, porque não vou, mesmo irada à toa 
Encontro uma ternura em mim que me faz sorrir e rir muito de mim mesma
Tinha uma certeza arraigada que jamais meus nós seriam desatados por alguém 
Agora, diante do seu olhar sábio, sou uma linha não tão reta, mas lógica 
Você consegue ver e entender que faço e digo coisas que são absurdas 
Não fico testando qual o limite da sua tolerância; sou complexa mesmo 
Muitas vezes tenho medo do que penso fazer e consigo parar e raciocinar 
Sua calma diante da minha algazarra emocional é um olhar adulto 
Eu não quero mesmo esta confusão infantil tomando conta de mim, mas ocorre 
Estou tentando acertar, tentando entender o que está acontecendo em mim agora 
O meu agora nunca foi vivido antes, não o conheço, mas quero saber, conhecer 
Posso dizer que me saberei, porque estou em busca de uma compreensão real 
Saiba que assim que eu souber, no instante que entender, direi o que aprendi
Depois é futuro e só posso viver o agora e algumas vezes visitar o passado
É visitando o que passou que reconheço meus erros e acertos, é uma base
Por enquanto, por agora, estou apenas sendo quem sou agora e não um eu reprisado
Rose Stteffen
Enviado por Rose Stteffen em 13/10/2017
Código do texto: T6141811
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