As Cores da Inocencia

Agora ficava ali, sentada no galho da mangueira vendo o sol se pôr com a ingenuidade sombreada pela Inocência usurpada.

Onde se perdera?

Quis crescer, ficar grande

feito o mundo todo... E dali, em transe e de volta ao passado, viu sua criança correndo livre e esperta dentre flores.

Nada doia. Ela já nascera com os pés firmes na terra. E lá vinham os tombos, escorregões e risos empoeirados. E por todo o dia levantava voos sem medo, era livre correndo atrás do vento que soprava beleza e magia. Agora as cachoeiras já não eram todas dela... Acho que nenhuma pertencia mais a ela.

Era seu lanche goiabas e morangos colhidos com mãos sujas de terra... Assim a vida seguia e a menina crescia sem medo, os príncipes passavam por ela em seus cavalos brancos acenando, mas ela ainda era impúbere... Tudo era belo, todos os dias.

O tempo também voou, e agora ela apenas olhava o sol dando voltas ao mundo e esperava a noite chegar para se recolher.

Corina Sátiro
Enviado por Corina Sátiro em 17/09/2017
Reeditado em 17/09/2017
Código do texto: T6117048
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