O SABOR DE SENTIR
O SABOR DE SENTIR
Sentirei falta do frio,
das nuvens que choram e do vento gelado de inverno;
Sentirei falta do cântico,
da revoada dos pássaros e das flores primaveris;
Sentirei falta do calor,
do astro de luz dourada e do sopro quente de verão;
Sentirei falta do silêncio,
das nuas árvores de outono e do balé de suas folhas caindo;
Sentirei sim tanta falta de tudo, porém, de tudo isso...
sem nada partirei;
Mas não sentirei falta do que não pude viver!
Pois, vivi e senti tudo que podia,
mesmo sem ter vivido tudo que gostaria,
assim mesmo o que vivi... foi, tudo pra mim!
- Sentirei falta do carinho,
do abraço apertado e do beijo molhado;
Sentirei falta da paixão,
do coração pulsante no toque excitante;
Sentirei falta do desejo,
da respiração ofegante no prazer delirante;
Sentirei falta do afeto,
do amor verdadeiro em meu sopro derradeiro?
Não... não sentirei falta de nada,
nada deixei de sentir, e tudo, também dividi,
e assim nada que senti foi... exclusivamente pra mim!
Então, no último instante,
sentirei falta de tudo... mas, também de nada,
pois, tendo vivido tudo que pude... e de tudo algo senti,
do que vivi ficará apenas lembranças, mas, do que senti,
parte deixarei o gosto, e parte, o sabor... comigo irá!