Somos estrelas

Ontem eu vi um por do sol que há muito tempo não via.

Uma bola imensa, amarela, reluzia tão intensa, como uma aquarela.

Parecia que o sol que eu conhecia dos livros, estava ali, à minha frente, a se pôr, lindamente!

Foram poucos minutos, pois em meu carro, seguia rumo ao meu destino.

Antes disso, pássaros em revoada, cingiam em frente, bem em frente ao sol,e ao imenso clarão que ele tingia no céu azul acinzentado.

Uma estrela... Sim, aquilo era uma estrela... a única estrela do sistema solar... Que brilha constantemente, iluminando o norte e o sul. O leste e o oeste. Bichos, flores e gente!

E essa cena me fez refletir, pois, assim como há tempos eu não via aquela bola tão gigante; há tempos não olhava pra mim, tão de frente.

E assim como pensei, "que triste uma cena tão linda não ser vista por tanta gente"; Tantas vezes, a gente também se esquecer da gente.

Somos assim, como o sol. Eu sou como o sol, cada um é como o sol.

Temos todos um brilho único; e espalhamos este brilho por onde vamos.

Às vezes, alguém enxerga tão claramente essa luz que se espalha, que assim como eu, fica admirada, encantada! Quer contemplar a beleza, dividir essa grandeza!

Às vezes, esse clarão passa despercebido aos olhos de muita gente. À outras, é até incomodo, pois tanta clareza, atrapalha a visão.

Mas sim, cada um, uma estrela, de tamanha grandeza!

E ontem, mesmo vendo a beleza do sol que estava ali à minha frente; entendendo a sua beleza única, não pude contemplá-lo mais que alguns minutos. Em breve espaço de tempo, meu carro partiu e o clarão ficou para trás!

E como pode? Tantas estrelas, tanto brilho, e uma acaba sendo responsável por nos aquecer, por ser luz em nossa vida, por abrilhantar nosso planeta?

E às vezes; adeus terráqueos, o sol tem que se esconder!

Pois é... Assim são as estrelas; assim somos nós! Únicos, autênticos, responsáveis por emanar luz, calor, beleza... Mas todos seguimos no espaço, conforme o universo vai caminhando...

Seria essa a tal Teoria da relatividade?

Algumas vezes, podemos formar constelações. Outras vezes não.

Ainda sim, somos todos parte de um mesmo cosmo; e os clarões, todos juntos, dão tom ao universo.