Nada demais (Sereia)

Eu falo nada demais, sereia do meu mar.

Eu sou ilha e me banho em imensidão, pelas bordas da pele.

Sei cantar a noite com voz de silêncio, em ondas calmas.

Sei recitar estrelas em brilho, que encantam meu olhar.

Nada demais, minha sereia loira mar adentro.

Eu sou ilha e faço trilha, em contemplar navios ao longe.

Mergulho que me faço, nas águas que me tocam os pés lá no fundo.

Rochedo que enxergo, com olhos cheios de areia branca.

Como eles fazem as ondas se despedaçarem! E na brancura das espumas, sei do sexo, que as ondas fazem em imensos orgasmos.

Sou ilha e deserto, bem perto do oceano.

Navego em viagens no mesmo lugar,

só para contemplar minha sereia, que nada demais.

Seios redondos, cintura linda, parece o sol molhado.

Nada demais e vai para longe.

Quando me quer canta e eu ilha me deixo fazer náufrago,

ouço e ela vem me amar.

Takinho
Enviado por Takinho em 18/05/2017
Reeditado em 26/12/2018
Código do texto: T6002334
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