Sendas de Luz

Quanto tempo perdi em busca de costurar o avesso dos ventos, quanto tempo... quanto tempo presa em intempéries da vida, em chuvas e tempestades que eu mesma me fiz? Cultivava o impermanente, segurava o passageiro, acolhia o sem sentido... sempre mergulhada em fontes que não jorravam a verdadeira felicidade... quanto tempo perdi... Hoje, quero segurar a mão que me ensina que nem tudo é possível de se reter, que até a luz é transitória e se desvanece diante dos nossos olhos... a mão que me leva além dos cascalhos e caliches de minha vida, que me carrega além do impermanente, e me ajuda a dar passos lúcidos nas sendas e grietas do caminho da luz... E peço, um coração arraigado, amalgamado em amor e compaixão... asas e chão de paz para que eu possa encontrar território seguro para o entregar de minhas raízes em flor...