DEVASTAÇÃO

Devastação

Há pouco, um pássaro triste e abatido me confessou,

Fora expulso de seu lar por um insensato lenhador

Que ganancioso e insensível, seu habitat devastou.

Privando-lhe de farto alimento, e abrigo ao por do sol.

Onde ainda, junto a tantos outros, em cada alvorecer,

Gorjeava em sinfonia, Louvores ao seu criador...

Hoje meu coração compungido, gemeu de tanta dor.

Aquele recanto cultural já não é mais tão acolhedor

Sem colorido, sem sombra, e um sol abrasador...

Destruíram impiedosamente um santuário sagrado

Local de deleite artístico e consagrações de imortais

Cessaram os frutos, soprou um vento devastador...

Abater uma árvore sem razão é um crime sem perdão!

Abala-se o ecossistema, vem o desequilíbrio e a desolação...

A natureza é fonte de vida, que nos garante a sobrevivência.

É presente de Deus. Preservá-la, deveras é nossa obrigação

Rompeu-se o encanto, calou-se o canto, restou o pranto...

Quando cala a voz da razão, por certo sofre o coração.

Mira Maia 18/02/2017