"Amor de gesso..."

Dissolveu, toda vez que disse adeus...

Dissolveu, toda vez que aqui dentro choveu...

Dissolveu, a alguns dias atrás, quando me disse nunca mais...

Dissolveu, quando me falou que o culpado na verdade, fui eu....

Dissolveu, quando no telefone, disse que me esqueceu...

Dissolveu, no dia que em plena “solidez” escutei você dizer talvez....

Dissolveu, naquela tarde quente.... ao dizer que não entendia mais a gente (...)

Dissolveu, quando o seu norte, parecia mais sul.... e tremi, mas não era de frio.

Dissolveu, a semana toda, quando eu já cansado disse para o “mundo” que se exploda (...)

Dissolveu, até mesmo minhas palavras, pois agora não tenho inspiração para mais nada.

Dissolveu, minha manhã..... o meio do meu dia, e o seu final... acabando em letargia (...)

Dissolveu, minha convicção.... meu carisma, meu apetite.... e levou embora até meu palpite.

Dissolveu e “apagou” por completo, todo meu resto... a ainda disse que não presto (...)

Dissolveu, meu 1º andar..... onde me sentia mais seguro, e hoje me abrigo no entulho.

Dissolveu “todos” os livros que havia lido, e me deixou ali caído.... escorrendo (...)

Dissolveu, até mesmo minha ignorância.... com tanta precisão, que agora... irrelevância!

Dissolveu, o meu talvez.... meu equilíbrio, meu arbítrio e meu arrependimento (...)

E agora que já não tenho mais nada por dentro.... resolveu dissolver “meu alento....”

(...) Desabafo de um coração, dissolvido em primeira pessoa do singular.

JLuis in Verve
Enviado por JLuis in Verve em 09/02/2017
Código do texto: T5907783
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.