POEMA DIFÍCIL
Te invoco querido ente que morreu no passado, jaz presente.
Punção de umbigo, chicote.
Aflito
Malvisto
Malquisto
Burla isso, artifício!
Piadas de milhão
Troféu abacaxi, jogo de xadrez
Vai do freguês caracterizado da vez.
Difícil foi para mim que sou tua.
Saí da prisão de falácia
Audácia
Deixei a grade desnuda
E pronto, pula!
Vendedor de cambalacho opressor
Superior
Inferior
De repetição em repetição, um dia virou anos de fivelão
Na imaginação, culpa de plantão
Apontou o outro: desgosto.
Teatro analgésico dura pouco
Sufoco.
Triste piadista, triste piadado.
Cilada oculta retrô: ambos uma só cor.
Automatização industrial
Passado no presente causa mal.
Que tal um novo norte!
Nesse eu garanto aqui a sorte.
Vem comigo, Cravo Flor.
Sai do perigo
Te desafio por amor.
O meu polegar não irá te anular
Te elevará
Talentos tem a brotar na imensidão: fúria, tempestade, furacão!
Assume logo a desilusão e usa uma estação:
União
Tua definição de antes não cabe naquele palco e nem na plateia ignorante
Entre uma apresentação e outra
Camarim
Senhor ator profissional
Quase convenceu: teatral.
O teu sussurro já é cambaleante
Quer viver outra constante
Vida nova, triunfante.
Te peguei quase no fim
Sobe o morro e olha o entorno
É ali.
Doeu uma Era
Nova fase hoje é aberta
Saiu da forca
Grande é tua força.