O CAOS QUE ME ENCONTRO O náufrago aprisionado

Não bastasse minhas escolhas erradas ainda tem os meus acertos errados.

Posso chama-los assim? Acredito que sim.

Antes eu não tivesse navegado o mar dos idiotas afogados que sucumbiram aos seus desejos infantis de calma e paz intravenosa que encheu seus pulmões de líquido e os sufocou.

Bem que as placas diziam não ultrapasse, não entre, não se iluda com a calmaria.

Mas como todo imbecil prepotente que contaminado está pelo desejo do novo, eu segui a diante.

As águas foram no início se mostrando vivas e coloridas. Brilhantes para ser mais exato!

Mas tão logo a primeira milha e tudo mudou.

Até o sol se foi...para nunca mais!

Não havia terra, não havia pássaros, sim falo daqueles pássaros flamejantes que ao cantarem fazem o corpo arder e na angústia deste calor prazeroso buscar por refrigério.

Até estes não se vê mais por aqui.

Aliás, falando daqui eu posso olhar ao redor e reconhecer a geografia.

Acho que estou numa ilha.

Cercado pelas mesmas águas escuras e sombrias que convivem comigo todo este tempo e que me trouxeram aqui.

Não há horizontes!

A eterna noite sem luar e sem estrelas quase não causa contraste com as montanhas e vales de mediocridade e mesmice que brutalmente tomam conta daqui.

Não existe som, não existe luz, e se não fosse por um graveto bem pequeno e seco chamado “cérebro” eu diria que não haveria nem esperança neste lugar.

Vai-se mais um ano da sentença que me impus!

Estou firme ainda. Passo meu tempo entre o caminhar diário e o meu graveto.

Este último muitas vezes me permite enviar mensagens para além do nada onde sentado escrevo com ele na areia do tempo onde alguém lá do alto pode olhar pra baixo e lê-las pra mim

Jonhy
Enviado por Jonhy em 17/01/2017
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