Moço...
Selas teu cavalo, cavalgas como ventania,
sob a luz das estrelas.
A lua dança como cigana e circunda-te de beijos.
Tu és um poeta notívago e a noite ainda virgem te enlaça como amante.
Tua alma aluada, lânguida e abandonada vai sendo levada como uma flor ao vento.
Esqueces a aurora que em poucas horas como sarça te persegues te chamando para o amanhecer.
A madrugada na flor da sua orgia, plangente, suspira a tua ausência, ó moço.
Já sente que será sepultada em poucas horas por um deus iluminado,
que reverbera raios por todos os lados e o dia nascerá triunfante.
Moço, hoje enquanto dormias o sol e as nuvens numa junção espetacular formaram um esplendoroso arco-íris. O céu estava em festa, mas tu não viste.
Agora, vais descobrir os mistérios da noite que é a deusa dos notívagos.
Soturno
Sai vagando taciturno
Em um sonho amarfanhado
Irrompendo céu noturno
De um luar despedaçado!
Poeta Maurilio Gabaldi Lopes.
Adorei, obrigada. Beijos de LUZ.