Moço...

Selas teu cavalo, cavalgas como ventania,

sob a luz das estrelas.

A lua dança como cigana e circunda-te de beijos.

Tu és um poeta notívago e a noite ainda virgem te enlaça como amante.

Tua alma aluada, lânguida e abandonada vai sendo levada como uma flor ao vento.

Esqueces a aurora que em poucas horas como sarça te persegues te chamando para o amanhecer.

A madrugada na flor da sua orgia, plangente, suspira a tua ausência, ó moço.

Já sente que será sepultada em poucas horas por um deus iluminado,

que reverbera raios por todos os lados e o dia nascerá triunfante.

Moço, hoje enquanto dormias o sol e as nuvens numa junção espetacular formaram um esplendoroso arco-íris. O céu estava em festa, mas tu não viste.

Agora, vais descobrir os mistérios da noite que é a deusa dos notívagos.

Soturno

Sai vagando taciturno

Em um sonho amarfanhado

Irrompendo céu noturno

De um luar despedaçado!

Poeta Maurilio Gabaldi Lopes.

Adorei, obrigada. Beijos de LUZ.

magda crovador e Maurilio Gabaldi Lopes
Enviado por magda crovador em 15/12/2012
Reeditado em 09/01/2015
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