Revolta do poeta

Olhar sua face andarilha idosa

É ver-me um rasgo, em minha camisa cara de bolinha

Sufoca-me a garganta em um nó

Quando o sentimento ultrapassa em dó

Em meio a esta multidão

Sem perdão!

Entre Catedrais de vitrais artísticos

Coberta no manto ouro!

Um imploro! Não ouvido...

Uma adoração sem oração...

De um Deus, que perfeito esconde a piedade.

Meu olhar já de meia idade,

Cansado...

Deparo-me ao cajado

De mãos de um alguém calejado,

Ó! Deus, minha voz presa na garganta!

Te afronta-te em minha revolta!

Desta lida, estampada em minha cara

De poeta escandalizado.

Riana Braga
Enviado por Riana Braga em 16/10/2017
Reeditado em 18/02/2018
Código do texto: T6144285
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