Os dias
passam os dias
vestem as cores frias
mornas e pálidas.
desenham monstros
nas paredes da sala
esmagam a tarde
subitamente cospem
a noite sufocada
no eterno
Os dias acariciam as horas
e o chão onde amanheço.
não se rendem às linhas
e às palavras tatuadas
no peito
fluem no solo aberto
onde o amor regala-se
num poema
em movimento as almas
são coladas num abraço
lento.