Os dias

passam os dias

vestem as cores frias

mornas e pálidas.

desenham monstros

nas paredes da sala

esmagam a tarde

subitamente cospem

a noite sufocada

no eterno

Os dias acariciam as horas

e o chão onde amanheço.

não se rendem às linhas

e às palavras tatuadas

no peito

fluem no solo aberto

onde o amor regala-se

num poema

em movimento as almas

são coladas num abraço

lento.

Raimundo Lonato
Enviado por Raimundo Lonato em 07/10/2017
Reeditado em 10/10/2017
Código do texto: T6135226
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