O SER E AS CONTRADIÇÕES DA PEDRA (III)
(POEMA EM CINCO PARTES)
III
Deixe-me mergulhar em teu silêncio mineral,
E ser não mais que grânulo, cisco, poeira
Muito menor que tua forma habitual.
Deixe-me ser concreto, e não errante,
Perdendo-me em outras esferas distantes,
Abstratas.
Deixe-me pulsar em teu átomo trancafiado,
E descerrar teu núcleo e prótons vários,
Liberando-te a vida interna, reclusa,
Como cerne de semente, verde.