Escada Imaginária

Escada Imaginária

Hoje busquei uma escada imaginária,

Queria ficar mais perto do silêncio e das estrelas,

Ouvir as batidas do meu coração e ficar comigo mesma.

Talvez, um telhado seja suficiente para assim reavivar-me,

Com o corpo entre as telhas e apenas a imensidão do céu,

Que despe minha alma e me agasalha como um véu... Véu de cintilante brilho, onde organizo sonhos perdidos,

Enxugando as lágrimas que outrora pareciam cristalizadas,

Respirando profundamente e apaziguando o que antes era doído.

E, confirmei que o amor é mais que um encontro genuíno comigo mesma,

Trás consigo a nobre autotranscendência inata da existência humana,

Onde olhamos para o lado, para além da individualidade, para o outro ou algo mais.

E, tal como a genial capacidade óptica que independe de ver a si mesmo,

Vamos expandindo a capacidade de apreender o que se passa ao nosso redor,

Vislumbrando mais estrelas e dilatando, praticando o que temos de melhor,

E, o Amor que primeiramente precisamos carregar, cada um consigo,

Vai posteriormente, secundariamente sendo dividido com os outros, se expandido...

Dando-nos sentido, enchendo os vazios, ao olhar pra fora, para o imenso "infinito" que está a nos chamar.

Juliana Martorelli

Homegem à Viktor E. Frankl

Juliana Martorelli
Enviado por Juliana Martorelli em 25/02/2017
Reeditado em 25/02/2017
Código do texto: T5923251
Classificação de conteúdo: seguro