O AVESSO DA ARTE

Eu faço arte.

Este poema é arte,

Arte "libre"!

Arte...

E em minha arte,

Eu amo, amo mesmo,

Viados, sapatões,

Tarados e pedófilos...

Eu os amo por que são humanos.

Eu faço arte.

Este poema é arte,

Arte "libre"!

Arte... arte divina, arte pagã... arte.

E em minha arte o desvio é tempero e têmpera,

E por isso eu amo,

Viados, sapatões,

Tarados e pedófilos,

ladrões a assassinos,

Eles têem alma! Vivem... matam... sem arrependimentos.

Eu faço arte.

Este poema é arte literária!

Arte "libre"!

Arte... arte divina, arte pagã... arte.

A mesma arte que a qual você me brinda!

Arte...

E em minha arte pessoas viram espeto de churrasco...

São assadas vivas!

Viram manequins de boutiques chiques do Leblon,

Da 6th Avenue... amputados, decapitados...

Tingidos de vermelho sangue. Linda cor!

Eu faço arte!

E em minha arte, a traquinagem é normal...

Bombas são pincéis! Nada fazem de mal...

Apenas espalham cores pelos ares!

Feito um gato que pinta com o rabo...

Feito pintores que pintam com ânus!

Uma bomba é somente um pincel que espalha vidas,

Que nunca mais serão juntadas,

E viraram amor por aí...

Eu faço arte!

ELIZIO GUSTAVO MIRANDA DOS SANTOS
Enviado por ELIZIO GUSTAVO MIRANDA DOS SANTOS em 18/10/2017
Reeditado em 26/12/2017
Código do texto: T6146228
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.