Sombra de esperança

Imóvel vendo o passar da vida

Minha mente inerte, rotineira e vazia

Remoía um desejo que há muito jazia

Reavivava uma saudade tão adormecida

Não acreditei no doce cheiro exalado

Pela sombra vagante na estrada sombria

Ao vê-la meu peito foi acelerado

Pois certo estava que tu voltarias

Correndo fui ao encontro teu

Ter-te em meu colo de novo ansiava

Meu corpo implorava por um afago seu

A sombra desfez-se ao meu tocar

Parecia real, voltou a ser lembrança

Como uma criança voltei a te esperar