Não sei fingir!
Peguei a minha mala,
Velha e surrada e fui viajar,
Parti pra não sufocar...
Ai de mim,
Ai de mim se me calar!
Foi em meio a madrugada,
Nem o galo havia acordado,
E na relva, o orvalho da noite,
Ainda estava lá, intocável...
Respirei fundo aquele frescor,
E olhei para o mundo,
Enchi o peito de amor e parti,
Sem rumo e sem destino,
O meu fim era fugir,
De mãos abanando,
E de mala vazia,
Porque não sei fingir!