Porvir
Me escorrem por entre os dedos
Instantes que eternizei
Me afogam em momentos fugazes
os cantos que nunca cantei
E os insights que eu vislumbrei
Morrer é só mais um passo
Que em vida efêmera sigo
Morrer de medo devasso
Tânger o eterno eu consigo
Me pesa a espera do além
Que me instiga o saber póstumo
Me apego à matéria de aquém
Que me cega para o suprassumo.