O Adeus

É qual fazer um aborto,

qual amputar um braço,

sempre que digo-te adeus,

e sou qual deserto no horto,

qual lago raso e baço,

sem os carinhos teus.

As horas passam morosas,

nos canteiros não há rosas,

nem mais há azul no mar,

tudo é triste e sombrio,

qual o leito de um rio

seco de tanto chorar.

Não tenho carícia grata,

a noite gargalha e maltrata

meu dorido coração,

dizer-te adeus é sofrer,

ouvir-te dize-lo, é morrer,

adeus é desolação...

Inverno de 2016

Aleki Zalex
Enviado por Aleki Zalex em 03/06/2017
Código do texto: T6016978
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