O que eu posso fazer?
Cruzar os braços e assistir
O Mundo em colapso pronto a nos destruir,
Mantendo as mãos vazias para ir.
Indo sempre com as mãos fora do trabalho,
Não levo ajuda suada ao necessitado
Limpo e cheiroso, assim caminho.
Numa terra de esterco na caminhada
Não vejo e já me habituei com o cheiro pela narina;
Habituei com a putrefação dos corpos da guerra.
Tudo é normal, esperarei algo que não vem de mim,
Algo que surge na grande humanidade tão ruim;
Aí então poderei dizer até que enfim.
Só que neste fim as tuas mãos estarão vazias
E, então, se tu puderes pensar nos seus "Aís!",
Pensamento de dores de todas as pessoas.
Estes serão os que você não ajudou,
Estes serão os que você a sua mão não estendeu,
Estes serão o seu coração de pedra que amor negou!
Mãos vazias pois não levou paz,
Mãos vazias porque agora jaz,
Jazigo frio como um coração sem paz.