SÓ A LUA PRESENCIOU

Papel sobre a mesa,

Caneta em minha mão,

E o silêncio que não foi quebrado ainda.

O papel continua silencioso

E a caneta desejosa de desenhar nele

O contorno das palavras que brotam do meu interior.

A sensibilidade, como um poço a jorrar,

Vem à tona de mim

E escorre para os dedos,

Dando à caneta o direito de desvirginizar o papel!

E um poema novo vem à luz!

É mais um "filho" que nasce!

A lua cheia que do céu me olha,

E que presenciou o "vir à luz",

Sorri o seu sorriso mais faceiro,

Mais largo e mais companheiro,

Por saber-se a maior parceira

De toda a inspiração que vive em mim.

NEUSA RAMOS
Enviado por NEUSA RAMOS em 17/04/2017
Código do texto: T5973139
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