Talismã...

Caminho intrigada com meus pensamentos
Entre palavras mudas e absortas, sigo
Juntando pedaços de mim...

Entretanto, a dura realidade brada quase insone
E machuca desvairadamente  o meu ser,
Trazendo arroubos de ironias....

Ah, quem dera! Pudesse deitar nas ruas enluaradas
E a lua confessar meus sonhos de menina,
Quem sabe, seria poeta por um instante.

Talvez, assim, ainda surgisse um belo sonho
Embora fadado pela triste dor, ainda, que fingida,
Mas, que, me fizesse chorar, como à primeira vez!

E entre minhas letras rabiscadas, rabiscaria
O teu nome, e feito um poema de amor, assim te
Traria,  como um talismã, dentro do meu coração.