SIMBIOSE
 

 
Proêmio:
 
 
                     Pois é! Essa sede de ficar, esses desejos apaixonados, essa fuga da realidade que empreendemos em certos momentos sem cuidado e sem vigília achando que tudo é amor, ou que esse amor acontecerá naturalmente com o convívio diário, ás vezes acabam nos confundindo.
                    O amor, a paixão e a vontade de ficar são na maioria das vezes antagônicos. Isto porque, o amor exige compreensão, respeito, abnegação, carinho mútuo, mas sem cobrança. A compatibilidade de gênios precisa estar presente durante toda a vida e convivência de um casal.
                    A paixão nada mais é do que uma atração física temporária, sem olhos para o perfil de cada pessoa. Enquanto apaixonados e fascinados aceitam-se tudo, até o impossível.
                    E o tal de ficar como se diz hoje em dia nada mais é do que o prazer de transar. Trata-se de uma das tantas necessidades fisicas inerentes a todos os animais racionais ou irracionais.
                     Justamente por não darmos a devida atenção ao que acontece ao nosso redor e por conta do nosso açodamento muitas vezes acontece isso:


                       



 
O poema:
 
                     Sorrindo, a ela eu entreguei o meu coração. Feliz, também sorrindo ela retribuiu o meu gesto. Os anos, um a um, passaram ligeiros sem que percebêssemos. Toda felicidade possível residia em nós.
                      Tal uma abelha sugando o néctar de uma flor sugávamos um ao outro a cada instante e em qualquer espaço em que estivéssemos. O mundo se resumia em cada partícula do nosso ser e do nosso corpo físico.
                      Simbiose. Esta é a palavra certa para nos definir. Nada mais queríamos para viver a não ser essa união insigne.  Claro, além dos cumprimentos das nossas tarefas profissionais e obrigações diárias tão necessárias e sagradas.
                  Chegou o momento fatídico. Descobrimos que na maioria das vezes, embora nos quiséssemos muito, discordávamos de tudo.

                    Cadê o amor? Cadê a compatibilidade de gênios? Cadê aquela ânsia de querer se os nossos espíritos clamavam a separação? Todos devem imaginar o que aconteceu conosco. Não é mesmo?