Desilusão

Na cidade o tempo morre

sem voz que pese,

sem boca que grite,

sem vontade de campo aberto

com papoilas delicadas.

A verdade é o lugar na cama,

o sexo, o corpo e a chama,

cansadas que estão as estrelas

e o vazio de horas bravas.

Sou da rua que me chama

a antigos espantos

que deixaram de ser surpresa.

Edgardo Xavier
Enviado por Edgardo Xavier em 20/08/2017
Código do texto: T6089205
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.