Tenho ainda uma poesia vazia

Tenho ainda uma poesia vazia

e branca na inspiração:

à minha espera

tão cheia de quimera

de amarras na emoção

e me resta melancolia

triste comoção

que sempre quisera

que sempre urgia

funesta direção

ó tão anca ironia

tão seca espera

tão vão ilusão

pobre coração

sem valentia

tão mera...

Tenho ainda uma poesia vazia...

à minha espera!

© Luciano Spagnol - Poeta do cerrado

2017, julho - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 06/07/2017
Reeditado em 30/10/2019
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