LABIRINTO
A minha confissão de amor
estanquei na boca,
Embora não fosse difícil
perceber na sala de aula
Meus olhos em chamas vidrados em ti,
Quando ela me fazia esquecer
o sentido do som
De todas as palavras
preso no infinito labirinto das horas.
A pele de alabastro magistralmente ditava
A enciclopédia dos desejos impublicáveis.
É provável, ninguém em livro algum
poderá contar sobre nós!
Quica, ela mesma se esqueça...
E eu fique aqui,
espantalho das plantações e devaneios...
Mas o romance de paixão
que despertou auroras,
Ainda secretamente jamais sepultarei!
Antes de tudo,
utilizo da mesma luz de outrora.
Luz que mantém acesa em mim
A incrivel secreta paisagem
da sua infinita beleza
Silenciosa, viva e sem legenda.