PARÁBOLA DO SEMEADOR DE VERSOS
 
Corro solitiário para ti,
órfão de teu beijo,
inundando-te talvez de vã poesia.
Cônscio destas rimas ofereço tudo,
mesmo sabendo que nada tenho.
A ferro e fogo sobrevive a alma,
em assomo que é a metáfora
do amor que se faz talvez desesperança.
E estes versos que são sementes,
são jogados de saudade em saudade
para vencer pedras, sol e espinhos...
Germinando o amor em parábola,
ainda que melindre mansa voz,
faço derrota teu silêncio.
Pois tua boca fechada,
mesmo  que oculte os mais belos lábios,
não consegue esconder
teus olhos a sorrir!

 
 
Tarcisio Bruno
Enviado por Tarcisio Bruno em 20/06/2017
Reeditado em 12/12/2017
Código do texto: T6032926
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