Flor
Flor,
Resta-me um honroso tripudiar
nesse poema.
Dou-me à espera tranquila da inspiração,
Aguardando teu barco transeunte
Levar-me a outra margem.
Diga-se de passagem,
é a nossa alegria e tristeza...
Esse ranço persuasivo que me maltrata,
dor assintomática que me mata ,
e ainda é parte do caminho.
Faço de volta a viagem,
Ferido na carne,
Sinto seus lábios como lenha aquecida,
Sob a brasa, virando carvão,
Porém, devo a tua alma algo de luz,
Um sorriso de fervura,
Uma fogueira acesa no coração,
Como tua doce mordida em minha língua...
A redoma afrodisíaca do paraíso,
É o teu beijo,
E só( ! )
Nessa dor consentida...
https://www.youtube.com/watch?v=ZqKghMa1pJw