Ai, amor, ainda vives no meu peito !
Para mim, tu és a razão da física e do inexplicável!
Estas lágrimas?
São para ela, e para ela, sempre serão.
Ela, que cometeu o pecado de me amar
E pensar que um dia 
Pudesse acabar.
Ai, amor!
Adoro essa dor!!
E pensar que sonhei...
O que hoje sei sobre o amor é abstrato,
Um traço entre hemisférios desconhecidos
E um coração severamente ferido.
O que se sente uma vez, jamais será esquecido.
Caminhei tantos dias, até chegar o dia de hoje,
Ainda inconclusivo,
Para que eu vivo?
Se não por ela,  mesmo oculta face do milagre,
Ainda encantamento.
O tempo se distraiu em minhas retinas,
Mas não houve tempo que não amasse,
E por mais tempo que passe,
Serei o meticuloso inseto cozendo o casulo
Até chegar o momento de abrir as asas.
Ela? Indiferente...
E que continue,
O tempo dilue a dor e purifica a alma.
A calma do mar será lembrada
Em cada pegada na areia.
Em suas veias correrá mais o sangue vermelho
Do que o velho tom desbotado da solidão.
O botão da flor de cor intensa brilhará
Na realização do sonho realizado.
O passado serve para nos servir,
Nos eximir das perdas
E nos recompensar com o futuro.
E hoje é para ser vivido
Como se nunca tivesse acontecido
E tudo se torne algo novo
Com o sabor de uma saudade antiga.
 
Mário Sérgio de Souza Andrade   -    25/03/2017
MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE
Enviado por MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE em 25/03/2017
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