Quem?

Quem é que rouba cada minuto da minha vida?

Quem poderá fazer o que se faz?

E a cada noite uma nova fatia perdida

Sempre é mais doída

Como uma mordida de uma boca voraz

Toda noite a terra mal começa a girar

Neste mundo aonde a vertigem é suprema

E esta magia por mais que seja pequena

Seca a carne e a alma, destrói o ar.

Quem em mim poderá esta loucura criar?

Quem em mim me lança ao desamparo?

E me tira o claro me jogando na intensa escuridão

Se eu disparo pela rua como um louco alucinado

Como uma última cena de um teatro sepultado

Ecoa em meu carma em minha alma e em meu coração

Quem em mim me transcende neste caos de violência

E me remete a finitude deste tempo e deste espaço

Onde a paixão é chama e também barras de aço

Pedaços de uma vida vão ficando nos caminhos

Carcomida desgraçadamente do primeiro ao ultimo passo.

alexandre montalvan
Enviado por alexandre montalvan em 12/01/2017
Reeditado em 12/01/2017
Código do texto: T5879528
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