Pobre Coração

Tudo que eu vejo são teus olhos

Aonde lagrimas

Rolam lentas como gotas de luar

A solidão...

Veste-te de negro como fosse para ti um segredo

Que efetiva todo o medo do teu pobre

Despertar

És um imenso rio que em seu leito

Tão profano e profundo

Anda o mundo indiferente e a cada passo um divagar.

Fecha-se em um casulo com teu lado obscuro

Como uma triste borboleta tentando não renascer

Pelo seu medo de voar

Hoje não te resta água pura

Só tristeza e secura como as cinzas de um cigarro espalhadas

Pelo chão

Ah! Destino feito de misterioso amor sem termo

Que deveria ser eterno, mas se afoga na escuridão.

Deixa a alma e o corpo todo enfermo

Em tons de nuvens negras no manto da separação

Ah! Imensos e ermos ... Teu amor e tuas dores

Neste céu de negras cores

Perdeu o gosto pela vida

Por um amor que sem uma despedida

Destruiu teu pobre coração.

alexandre montalvan
Enviado por alexandre montalvan em 24/12/2016
Reeditado em 07/01/2017
Código do texto: T5862381
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