Desilusão

Ao despir-me das vestes do amor

Libertei-me de ilusões apaixonadas

Ao crer em fábulas, descobri a dor

E vi caírem alegorias, desbotarem-se fachadas

Vi-me em terreno lúgubre e sombrio

A esconder toda a fúria do meu ser

Em meu coração cansado e tão vazio

Percebo o sentimento murchar, emudecer

Carrego a culpa da doce ilusão perdida

Quando suas palavras eram-me única alegria

E pago em horas o preço de uma vida

E sigo a contá-las até o findar do dia.

12 de novembro de 2006.

Bia Mendonça
Enviado por Bia Mendonça em 14/11/2006
Reeditado em 26/12/2016
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