A roda de carroça

Sozinha permanece

A roda de carroça,

Enquanto o tempo, curioso, passeia

Nas circulares lembranças

Impressas na madeira,

Nas marcas de sua rotina,

Muitas viagens...

Saudades da carroça,

Que a cada dia envolta em brumas,

Quase, desaparece...

Saudade das conversas

Que escutava

E, com atenção a tudo observava

Tantas saudades

Do rio que ficava próximo aos campos floridos

E, da borboleta branca, que por segundos

A visitava...

E assim, na solidão de mais um fim de tarde,

A dor suaviza-se com a presença do vento...