ESPECTRO

As pálpebras ficam pesadas

Aos poucos o sono me consome

O meu espectro sai a vagar

Em busca de um corpo quente

No meu leito gélido

Jaz um corpo moribundo

Açoitado pelo destino

Desde que era menino

Dos amores que tive

Nunca foram correspondidos

Os romances que comecei

Sempre saí ferido

Do sonho de ser rei

Tornei-me um Zé ninguém

Da vontade de viver eternamente

Descobrir que sou um simples mortal.

Osvaldo Teles

Osvaldo Teles
Enviado por Osvaldo Teles em 09/08/2017
Código do texto: T6078687
Classificação de conteúdo: seguro