ESPECTRO
As pálpebras ficam pesadas
Aos poucos o sono me consome
O meu espectro sai a vagar
Em busca de um corpo quente
No meu leito gélido
Jaz um corpo moribundo
Açoitado pelo destino
Desde que era menino
Dos amores que tive
Nunca foram correspondidos
Os romances que comecei
Sempre saí ferido
Do sonho de ser rei
Tornei-me um Zé ninguém
Da vontade de viver eternamente
Descobrir que sou um simples mortal.
Osvaldo Teles