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Caco do Pote
Cheira a jasmim
Nos cacos do pote
Há pedaços de mim!

No pote da vida
Guardei poesias
Escritas sem tinta
Só com heresias!

Cacos do Pote
Silêncio e oração
Do alpendre da janela
Vejo o trem na estação!

Estação Primavera
Repleta de flores
Escondendo mistérios
De tantos amores!

Cacos do Pote
Pote quebrado
Medos e preces
Ouvido aguçado!

Vento sussurra e assusta
O morcego busca alimento
No céu estrelas cintilam
No espírito um certo tormento!

Caco do Pote ruas desertas
Sonhos e devaneios
A vida corre sem pressa
Sem medos! Sem fim! Sem receios!
Regina Lúcia Pinto Rangel
Enviado por Regina Lúcia Pinto Rangel em 14/01/2017
Código do texto: T5882149
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