Caco do Pote
Cheira a jasmim
Nos cacos do pote
Há pedaços de mim!
No pote da vida
Guardei poesias
Escritas sem tinta
Só com heresias!
Cacos do Pote
Silêncio e oração
Do alpendre da janela
Vejo o trem na estação!
Estação Primavera
Repleta de flores
Escondendo mistérios
De tantos amores!
Cacos do Pote
Pote quebrado
Medos e preces
Ouvido aguçado!
Vento sussurra e assusta
O morcego busca alimento
No céu estrelas cintilam
No espírito um certo tormento!
Caco do Pote ruas desertas
Sonhos e devaneios
A vida corre sem pressa
Sem medos! Sem fim! Sem receios!