Sinais

Oh, que grande sua elegância,

Que bela escultura de Deus!

Que olhos, sinais, sonhos meus

Que ainda me fazem lembrar,

Te vi numa noite nublada,

No céu não havia esperança,

Mas meu olhar de criança

Ainda vislumbra teu mar!

Oh, sinal de beleza infinita!

Não fui te falar inda outrora

Pois tinha medo de agora

Tua palavra me desfazer,

Mas hoje vejo teus azes,

E pretendo vê-la outra vez

Talvez, no próximo mês

Talvez noutro anoitecer,

Se me veres ao longe

Deixe que caia um lenço,

Que antes mesmo que penso

Junto e vou lhe entregar!

E se meus olhos são lentos

Grite um sinal para mim,

Que chego antes do fim

Do som desse grito no ar!

Oh, que grande sua elegância,

Que bela escultura de Deus!

Que olhos, sinais, sonhos meus

Que ainda me fazem lembrar,

Te vi numa noite nublada,

No céu não havia esperança,

Mas meu olhar de criança

Ainda vislumbra teu mar!

Fortaleza, 2017

Lucas Messias Parente