POEMA SEM RUMO.
Adeus pátria
mal varrida,
terra da submissão,
de leis que não
são cumpridas,
de plebe sem união.
Adeus pátria
dos horrores,
de conchavos e perdição,
de bandidos que compram
sua própria salvação.
Adeus pátria moribunda,
o que ei de ti esperar,
que anoiteça com estrelas
e amanheça em lamaçal,
bandidos estão nas rédeas,
e as togas a vos escoltarem,
me resta o ultimo berro,
da alma a estrebuchar.
Meu canto é desabafo e
minha lagrima a pingar
escreve na minha face,
a dor de todo lugar,
como me dói a dor
das canetas a assassinar,
e olho a imensa plebe
sem forças para gritar.
Adeus pátria,
me retiro das linhas
deste poema,
para gritar bem alto
o grito de tanta gente,
me ponha no teu inferno
ou na pureza do altar,
mas não me tire o desejo,
de não mais querer votar.