Mutante

As chuvas que vem e vão

sobre a sequidão do cerrado

Dos ipês, atapetando o chão

enfeitando o pasmo encantado

No horizonte o céu encarnado

flor de pequi e buritis na enseada

Trafegam entre o pó ensebado

dos galhos, folhas e cor desbotada

Na vastidão as luas de prata

das noites cheia de tudo e de nada

E nesta estrada tão pacata

mutante o vem e vai da esplanada

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

2017, outubro - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 23/10/2017
Reeditado em 30/10/2019
Código do texto: T6150487
Classificação de conteúdo: seguro