ROSAS DENTRO DA NOITE
ROSAS DENTRO DA NOITE
Perdi-me dentro de mim
Sonho que um verso meu tem claridade
As canções que trago prenhas sem fim
É ser mendigo e dar como quem seja
Para encher todo o coração desconhecido
Disputo eu mesmo nas asas inquietas
Na ânsia de ultrapassar
Rosas embriagam-me a derramar
E os que leem o que escreve
Declamei
A minha nascença
Não vejo nada, tudo é morto e vago
Penso com a flor que se emurchece
De rosas e de estrelas enaltece com afago
O poema tem mais pressa que o romance
Na raspa canelada dos meus escritos âmago
Ao corpo quente num lance
Estendem-me a taça Poeta um vivo e intenso amor
Ou quem sabe um pescador.
15:00, 21-10-2017, Jey Lima Valadares