Parábolas
Esta manhã, perto do espelho,
Abri a alma e me levantei.
Digo que as minhas mãos
são campos verdes onde
pintam arco-íris.
Há enganos no imponderável
pouso das borboletas nas tuas
costas.
Iludo-me no corpo lavado
de águas em tormentas.
Nas superfícies da vida
amanhecem novos ciclos.
Passam rios nos ares
dos meus olhos.
Qual o peso do mundo
na parábola que me curvou?
Inverto o céu e seus sinais.
Viver é agora...
Quem sabe ouviremos
um poema amanhã.